As diversas caixinhas que preenchem prateleiras de farmácias, compõem três grandes classes para o mundo farmacêutico: genéricos, similares e por último temos a lista de medicamentos de referência — também conhecidos como “medicamentos éticos” — sobre a qual falaremos neste artigo.
Os fármacos de referência são considerados inovadores e originais, pois servem de base para o desenvolvimento dos demais tipos de remédio (genéricos e similares).
Em todo seu contexto, do surgimento à venda, essa classe de medicamentos possui uma longa trajetória até chegar ao consumidor final e claro, aos bons farmacêuticos é indispensável conhecer cada detalhe.
Há informações sobre os remédios de referência que facilitam sua comercialização e até propiciam estratégias que garantem maior lucro às farmácias. Por isso, neste artigo, reunimos dados, curiosidades e disponibilizamos a lista de Medicamentos de Referência atualizadas para você.
Boa leitura!
As listas de medicamentos de referência Anvisa possuem três grupos constantes de fármacos. São eles:
Medicamentos de referência são aqueles que surgem no mercado farmacêutico após anos de pesquisas e um alto investimento financeiro.
Estes remédios são considerados inovadores e originais, pois tratam-se de fórmulas exclusivas; lançadas por laboratórios de medicamentos de referência que através de estudos junto à ANVISA e outros reguladores de saúde, comprovam cientificamente eficácia, segurança e qualidade.
O nome “referência” é um status conferido ao medicamento que é único e se torna parâmetro de eficácia terapêutica, segurança e qualidade para o desenvolvimento de medicamentos genéricos e similares.
Em suma, os fármacos de referência surgem devido a necessidade de uma forma de tratamento para alguma patologia.
Após serem lançados, a principal função destes medicamentos é servir de base para genéricos e similares — Fórmulas que possuem o mesmo princípio ativo, indicação e composição química. No entanto, com um custo bem inferior a quem produz e compra.
O surgimento das drogas de referência pode levar anos. O processo envolve estudos, pesquisas e mesmo após a criação é necessária a comprovação da eficácia, segurança e qualidade da fórmula através de testes realizados pela ANVISA.
Somente após aprovação do órgão de saúde, o medicamento ingressa na Lista de Medicamentos de Referência e passa a ser comercializado.
A RDC nº 35/2012 é o documento que aborda critérios de indicação, inclusão e exclusão dos Referências nas listas.
Você sabe quais são os três parâmetros que a ANVISA utiliza para que a efetividade dos fármacos de referência seja comprovada cientificamente?
Caso não, a resposta é:
E alguma vez já ouviu a afirmação: “medicamentos de referência são mais fortes que genéricos e similares”?
Nas questões acima temos exemplos de verdade e mentira envolvendo remédios de referência. Na mesma linha, existem muitas outras. Por isso preparamos uma lista para você. Confira!
MITO: O que confere um preço mais alto aos remédios de referência em relação aos genéricos e similares, é o alto custo de suas fabricações. Além disso, as indústrias farmacêuticas gastam um valor significativo com recursos investidos ao longo dos anos nas formulações. Estes fatores encarecem o medicamento final. No entanto, não o tornam mais eficazes que os demais tipos de fármacos.
MITO: Como já mencionamos, similares possuem o mesmo princípio ativo, concentração e indicação dos referências. Os genéricos, na mesma linha, são uma cópia da classe, pois tem a mesma composição química. Consequentemente a intercambialidade de medicamentos pode ser feita tranquilamente.
VERDADE: Os laboratórios que desenvolvem o medicamento referência podem patenteá-lo e lhe atribuir um nome original. Como resultado, este remédio fica popularmente conhecido e caracterizado por sua marca.
VERDADE: Em casos específicos, a patente pode ser quebrada. Se um medicamento trouxer grandes benefícios à terapia de uma patologia, há a quebra de exclusividade e outros laboratórios podem produzir a fórmula similar ou genérica do remédio.
E é errado?
Não, pois entende-se que isso é feito em nome da saúde pública. Inclusive, já aconteceu em fármacos utilizados no tratamento contra o vírus HIV, por exemplo.
MITO: A ANVISA segue um processo rigoroso de avaliação antes de aprovar qualquer tipo de medicamento. Portanto, para que um fármaco entre na lista de medicamentos de referência, acima de tudo, são necessárias análises e certificações.
VERDADE: Para recompensar os esforços em trazer um medicamento novo ao mercado, a ANVISA concede ao laboratório que lançou o fármaco o direito de explorá-lo comercialmente com exclusividade por 20 anos. Esse prazo é contado a partir do registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
VERDADE: Durante o tempo de exclusividade na comercialização de um medicamento lançado, somente o laboratório que possui a patente lucra com o produto. Mas isso não confere ao mesmo a possibilidade de estabelecer preços conforme intenções próprias. A Comissão Interministerial de Preços regula o valor do medicamento e não permite que ele seja abusivo aos consumidores.
MITO: Muitas pessoas, até mesmo profissionais da saúde, empregam de forma equivocada o termo “ético”, utilizando-o para se referir aos Medicamentos de Referência.
Em primeiro lugar, é importante deixar claro: isso não é só um mito, trata-se também de um erro.
Medicamento ético é aquele que, legalmente, não pode ser anunciado na mídia de massa. Sua publicidade fica, portanto, restrita apenas às publicações especializadas (em revistas particulares e notícias com viés científico, por exemplo) e aos trabalhos de divulgação em congressos ou direcionados aos médicos (através de propagandistas de laboratórios farmacêuticos que visitam consultórios).
Em oposição aos medicamentos éticos, existem os chamados “medicamentos bonificados”. A linha bonificada consiste em remédios, similares, produzidos por laboratórios que oferecem maiores benefícios às farmácias na hora de vender seus produtos (como por exemplo: melhores prazos para pagamento; descontos; brindes; etc.). Estas vantagens recebem o nome de “bonificações” e são ofertadas na tentativa de obter lucro em relação à linha ética ou vantagem na concorrência com os grandes laboratórios (que fazem propaganda especializada e nos consultórios).
Em conclusão, o medicamento que não paga bonificação faz parte da linha ética. Já o remédio bonificado (similar) é oposto a essa classe, pois entende-se que oferecer benefícios para obter vantagem nas vendas é uma postura antiética.
O termo “ético” por vezes é tido como um jargão de balcão de farmácia, utilizado para referenciar os remédios que fazem parte da linha ética.
Medicamentos de Referência são parte da linha ética. Mas utilizar o termo “ético” para defini-los ou ainda substituir o nome “referência” por “ético” é ERRADO.
Você já observou qual tipo de medicamento seus clientes optam com maior frequência na hora da compra?
Se sim, certamente teve a percepção de que genéricos e similares costumam ser mais vendidos.
A explicação para isso é clara e bastante óbvia: devido ao senso comum de que são mais eficientes, medicamentos de referência podem até levar título de maior credibilidade entre os consumidores. Mas ao mencionar valores, o item de menor preço sempre prevalece sobre a compra.
Em outras palavras, o preço de um referência é mais alto em relação ao genérico e similar, portanto, o consumidor não terá essa classe de fármacos como preferência.
Além disso, há uma vasta lista com opções de genéricos e similares que substituem os referências. Tudo isso dificulta a saída destes medicamentos.
Então, diante desse grande dilema, como utilizar os fármacos de referência a favor das vendas e de modo estratégico em sua farmácia?
Preparamos abaixo algumas dicas:
O referência tem apelo comercial e marca própria, ambos costumam ser bastante conhecidos popularmente. Alguns medicamentos possuem vários comerciais em TV, por exemplo. Isso confere a eles o alcance de um grande público. A farmácia PRECISA saber aproveitar estes medicamentos com apelo comercial para chamar a atenção do usuário e como resultado, vendê-los mais.
O Referência costuma ter baixa margem de lucro, mas com estratégia isso se torna um aspecto positivo. Quer um exemplo? A farmácia pode otimizar isso usando a categoria “referência” para chamar a atenção do cliente, fazendo preços bons a baixas margens e depois oferecendo a opção do genérico e do similar.
Uma dica fantástica e testada para potencializar os resultados dos genéricos e similares, é colocar um display ou adesivo no balcão da farmácia. Este adesivo deve informar o cliente do direito que ele tem de SEMPRE solicitar a versão genérica e equivalente dos medicamentos, e assim, economizar e usufruir da mesma eficácia que o referência.
Criamos e disponibilizamos abaixo um exemplo de arte gráfica que pode ser utilizado por você, e que vem dando certo em várias farmácias. Preencha o formulário e baixe a arte gratuitamente!
A estratégia do combo de produtos pode até parecer antiquada, mas bem executada traz bons resultados à loja.
Em suma, o combo de produtos é um kit de produtos previamente montado para ser oferecido ao consumidor, com o objetivo de promover um dos itens incluso no conjunto, a marca ou aumentar as vendas.
Aqui podemos utilizar esse artifício juntando um medicamento de referência + outros produtos da farmácia. Há várias formas de tornar isso positivo, você pode, por exemplo:
Indiferente de qual for sua escolha, monte combos realmente atrativos. Faça um estudo, descubra qual é o melhor mix de produtos para oferecer.
— No verão, por exemplo, as pessoas tendem a comprar a linha solar com maior frequência. Por outro lado, no inverno, o seguimento mais vendido é o de hidratação.
Explore a oferta de produtos sazonais, trabalhe com as margens de suas mercadorias e não deixe de lado o bom senso e respeito no atendimento.
Já vimos neste artigo tudo sobre medicamentos de referência.
Vamos ver agora a três medicamentos que possuem a completa intercambialidade entre similar, genérico e referência!
A intercambialidade completa é entre medicamentos equivalência entre referência, genérico e similar.
Vamos aos exemplos?
Entre os três medicamentos que possuem similar, genérico e referencia que selecionamos aqui, estão alguns dos mais vendidos!
Quais são os medicamentos ‘éticos’ (de referência) mais vendidos no Brasil?
Segundo o último estudo da Interfarma, segue lista de medicamentos ‘éticos’ mais vendidos:
Veja também: Lista de Medicamentos Farmácia Popular
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