Antimicóticos: tipos e classes, principais medicamentos mais vendidos e lista completa 

Um tipo de medicamento bastante procurado em farmácias e drogarias são os antimicóticos.

Há duas razões básicas para isso: a grande variedade e a grande incidência de infecções por fungos na população como em geral.

Segundo levantamento realizado na UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), anualmente, cerca de 4 milhões de brasileiros sofrem de infecções fúngicas

Atualmente, os números vêm aumentando cada vez mais, visto que os fungos têm criado resistência a diferentes tipos de medicação.

Assim, é essencial ao farmacêutico e demais atendentes de farmácia conhecer os principais medicamentos do tipo e saber como abordar os clientes a esse respeito.

A seguir, apresentamos os dados mais importantes sobre o tema para que você não precise sair por aí reunindo informações dispersas.

Conheça, então, quais são os medicamentos antimicóticos, as diferentes classes e quais os mais vendidos, além de informações sobre uso e efeitos colaterais.

O que são os antimicóticos?

Antimicóticos são medicamentos usados para o tratamento de infecções por fungos, apresentando uma grande variedade de classes, efeitos e modos de uso.

Um dos principais motivos para essa diversidade de medicamentos antifúngicos é o fato de que os fungos vêm desenvolvendo cada vez mais resistência aos tratamentos.

E isso acontece, principalmente, devido a um aumento da população imunocomprometida e uso crescente de medicamentos em uso profilático ou empírico.

Além disso, há uma grande quantidade de doenças provocadas por fungos, que podem também se manifestar de diferentes formas.

Os tipos mais comuns são superficiais e aparentes, manifestando-se na pele e nas unhas, sendo que a infecção fúngica mais frequente é a Candidíase.

Mas há infecções mais graves e profundas, podendo até mesmo, em alguns casos, colocar em risco a vida do paciente.

Diante disso, ressaltamos a importância de se promover o uso racional de medicamentos e de que o profissional de farmácia conheça a fundo esses produtos.

A primeira diferença entre os muitos antifúngicos disponíveis no mercado diz respeito ao tipo de aplicação do remédio.

Portanto, conheça agora as diferentes formas de administração desses medicamentos.

 

Antimicóticos de uso tópico

Estas são as formas farmacêuticas mais comuns desse tipo de medicamento, podendo ser vendidos em cremes, esmaltes, sprays e aerossóis.

Dessa maneira, o medicamento é aplicado no local exato da infecção, agindo diretamente sobre ela.

É o tipo ideal para uso em infecções localizadas, como as candidíases genitais, na pele ou na boca.

 

Medicamentos de uso sistêmico

São usados para infecções mais graves e profundas, agindo internamente no organismo como um todo.

Assim, apresentam-se em formas como cápsulas e comprimidos, soluções de via oral ou ainda para aplicação intravenosa.

Servem para tratamento de micoses crônicas, doenças como meningite e outras variações invasivas de infecção fúngica.

   

Principais classes de antimicóticos 

As classes de antifúngicos variam conforme as substâncias utilizadas e apresentam diferentes formas de ação sobre o organismo.

As mais comuns são os azóis e os poliênicos, sobre os quais você confere mais detalhes logo a seguir.

Porém, há outras classes disponíveis e cada vez mais usadas devido a questões como toxicidade, resistência aos medicamentos e, naturalmente, pelas especificidades do seu uso.

Em geral, os medicamentos antifúngicos inibem a produção do ergosterol, causando danos estruturais e funcionais aos fungos e impedindo assim o seu desenvolvimento.

A forma como os medicamentos inibem essa produção do ergosterol é o principal motivo de sua divisão em classes, embora alguns medicamentos tenham ainda outras formas de ação.

Portanto, conheça agora as classes farmacêuticas dos principais medicamentos antimicóticos, para que são usados, como agem e quais os seus efeitos adversos.

 

Azólicos: Imidazóis

Seu uso se direciona ao tratamento de dermatofitoses, candidíases cutâneas e mucocutâneas.

Em sua maioria, são de uso tópico (cremes, loções, shampoos etc.), embora os que incluem Cetoconazol apresentem também possibilidade de uso sistêmico.

Os imidazóis impedem ou dificultam o desenvolvimento dos fungos agindo sobre a enzima lanosterol 14-a demetilase.

Porém, são hepatotóxicos, e seus principais efeitos colaterais são um aumento nos níveis de testosterona e cortisol.

São imidazóis de uso tópico o Econazol, o Miconazol e o Clotrimazol.

 

Azólicos: Triazóis

Os triazóis representam uma alternativa ao uso sistêmico do Cetoconazol, sendo preferíveis a este por apresentarem menor grau de toxicidade.

Agindo mais especificamente sobre a enzima do citocromo P450, são usados contra dermatófitos, fungos filamentosos, fungos dimórficos e leveduras.

Os principais medicamentos do tipo são o Fluconazol, Isavuconazol, Itraconazol, Posaconazol e Voriconazol.

Já as reações adversas mais comuns são desconforto e irritação gastrointestinal, e eventualmente a hepatite.

O Itraconazol pode ainda provocar disfunção erétil e com o uso do Voriconazol, distúrbios visuais são bastante comuns.

 

Poliênicos

Os agentes poliênicos apresentam um grau elevado de toxicidade e vêm sendo substituídos por alternativas menos tóxicas, especialmente em tratamentos sistêmicos.

O primeiro poliênico é a Nistatina, apresentada sobretudo em pomadas e cremes para uso tópico.

É usada no tratamento de dermatófitos e infecções mucocutâneas pelo fungo Candida.

Além de sua má absorção mucocutânea, provoca efeitos adversos como náuseas e vômitos e, em doses elevadas, diarreias.

Já o principal poliênico de uso sistêmico é a Anfotericina B, sendo que sua aplicação ocorre de maneira endovenosa.

A Anfotericina B tem baixo custo e um amplo espectro de ação, podendo ser usada contra vários tipos de Candida, Cryptococcus, Aspergillus, Fusarium e fungos dimórficos ou negros.

Pode provocar efeitos agudos como cefaléias, febres, vômitos e náuseas ou efeitos crônicos como nefrotoxicidade (bastante comum) e anemia.

 

Equinocandina

Com um mecanismo único entre os antifúngicos, as equinocandinas atacam a parede da célula fúngica e atrapalham a síntese de glicanos.

Usadas principalmente contra o Aspergillus, têm efeito contra a maioria das espécies de Candida e servem para tratamentos sistêmicos.

As equinocandinas disponíveis são a Anidulafungina, a Caspofungina e a Micafungina.

Com baixa taxa de absorção por via oral, é mais comum por administração intravenosa.

Seus principais efeitos adversos são a hepatite e o exantema.

 

Alilamina

Disponíveis para uso tópico e via oral, as alilaminas combatem onicomicoses causadas por dermatófitos e apresentam efetividade em 90% dos casos.

Elas inibem a enzima esqualeno epoxidase. Os principais tipos são a Terbinafina e a Butenafina.

As reações adversas são diarreias, náuseas, erupções cutâneas, urticária e fotossensibilidade.

 

Morfolina 

Usada principalmente na agricultura, apresenta alguns derivados de uso farmacológico em humanos.

O tipo mais comum é a Amorolfina, com um amplo espectro antifúngico contra dermatófitos, Candida e outros não-dermatófitos causadores de onicomicoses.

É encontrada principalmente nas formas de esmalte e creme.

Pode causar alteração e descoloração das unhas.

 

Flucitosina

Agindo diretamente sobre a síntese de DNA e RNA do fungo, a flucitosina é administrada por via oral.

Combate a criptococose e meningite criptocócica, candidíase disseminada e aspergilose grave invasiva.

Seus principais efeitos adversos são a supressão da medula óssea (trombocitopenia e leucopenia), hepatotoxicidade e enterocolite.

   

Principais medicamentos antifúngicos e antimicóticos

Confira agora a lista dos principais antimicóticos comercializados atualmente.

  • Albaconazol
  • Aminofungina
  • Amorolfina
  • Anfotericina B
  • Anidulafungina
  • Bifonazol
  • Butenafina
  • Caspofungina
  • Cetoconazol
  • Ciclopirox
  • Ciclopirox Olamina
  • Clotrimazol
  • Econazol
  • Fenticonazol
  • Flucitosina
  • Fluconazol
  • Griseofulvina
  • Itraconazol
  • Lipossomais
  • Micafungina
  • Miconazol
  • Naftifina
  • Nistatina
  • Oxiconazol
  • Posaconazol
  • Ravuconazol
  • Sertaconazol
  • Sulconazol
  • Terbinafina
  • Terconazol
  • Tioconazol
  • Tolnaftato
  • Voriconazol
 

Qual é o antimicótico mais vendido?

A empresa Close-Up International, que presta serviços à indústria farmacêutica, apresenta um ranking com os 10 antimicóticos mais vendidos no Brasil no MAT 2021/02 e MAT 2022/02..

A sigla MAT se refere aos 12 meses anteriores ao indicado após a barra, que no caso é o mês de fevereiro (02).

Os resultados apontam para a pomada Trok-N, da Eurofarma, como o antifúngico mais vendido nos dois anos.

A Trok-N trata infecções da pele onde são necessárias ações antiinflamatórias e antibacterianas, além de antimicóticas.

O restante do ranking se mantém inalterado entre os anos de 2021 e 2022, exceto no caso do 4o e 5o colocados, que inverteram de posição entre um ano e outro.

Além disso, os dados revelam um aumento de cerca de 60 milhões de reais no faturamento das farmácias com esse tipo de medicamento entre os dois anos.

Confira a classificação e os valores levantados pela Close-Up International:

Ranking Produto Fabricante Unidades/MAT 2021/02 Unidades/MAT 2022/02
1. Trok-N Eurofarma R$129.820.128 R$138.571.738
2. Nista+Zinco N.Q Nova Química R$108.267.759 R$127.014.614
3. Quadriderm Farmasa R$91.928.901 R$95.013.392
4. Trivagel C/Nistan Marjan Farma R$79.072.466 R$94.600.159
5. Novacort Aché R$80.232.378 R$80.189.866
6. Candicort Aché R$74.975.518 R$76.045.635
7. Cetobeta Cellera Farmacêutica R$70.808.028 R$75.427.482
8. Gino Canesten Bayer R$65.400.700 R$70.632.730
9. Cimecort Cimed R$65.020.482 R$62.502.696
10. Cetok+Betam+NEO.EUF Eurofarma R$54.506.993 R$55.769.224
Outros R$1.213.570.280 R$1.215.030.420
TOTAL R$2.033.603.632 R$2.090.797.954
   

Conclusão: Baixe a lista completa de antimicóticos!

A seguir, disponibilizamos a lista completa de antimicóticos e antifúngicos disponíveis atualmente no mercado brasileiro.

Somando-se a ela o bom conhecimento reunido aqui sobre esse assunto, você pode formular seu mix de produtos e não deixar faltar os medicamentos mais importantes.

Para isso, tenha em mente também a lista dos mais vendidos, e lembre-se de que apostar nesses medicamentos é uma boa estratégia para atrair e fidelizar clientes.

E embora os antifúngicos em geral sejam isentos de prescrição médica, lembre-se também de sua responsabilidade de promover o uso racional de medicamentos!

Com a devida atenção a tudo o que foi aqui apresentado, você estará mais perto de conquistar a preferência e sobretudo a confiança da sua clientela!

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